quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Adjá



Um instrumento sagrado e sem substituição nos rituais de Umbanda e Candomblé. Na verdade, o adjá ou adjarin, é uma sineta de metal, feito em bronze ou metal dourado ou prateado.
É comum vermos nas rodas, pessoas mais velhas de santo, tocarem esse instrumento que tanto pode ser de duas, três ou mais câmpulas, enquanto dançam para os Orixás.
Seu manuseio, no entanto é vedado aos que ainda são yawôs,
 ou seja: àqueles que ainda não possuem sua obrigação de sete anos. E também aos não iniciados nos preceitos da religião.
Durante a dança o instrumento serve para invocar e manter a vibração do Orixá na sala, para que a energia não saia daquele local onde está sendo realizada a festa. Quando se dança com algum santo, ou seja, quando uma Ekédi ou um sacerdote ou sacerdotisa dançam acompanhando algum Orixá, o som desse instrumento serve para guiar o mesmo durante o ritual.
Já em determinadas situações como rezas e outras obrigações, o adjá tem a função de chamar nossos Orixás para aquele rito, fazendo com que os mesmos abandonem temporariamente sua morada no Orúm, Céu, para se manifestarem sem seus filhos, ou, quando for um Ogã ou uma Ekédi ou ainda alguém mais velho de santo, ele guia o Orixá até aquele local para que o mesmo possa permanecer ali invisível e assim dar a assistência que seu filho ou crente solicita.
Também usamos o adjá para anunciar o inicio de algum ritual ou para chamar a atenção das pessoas para algum ato importante.
Como tudo na Umbanda ou no Candomblé, o adjá passa pelo processo de imantação e dado a esse, é que somente pessoas autorizadas podem tocá-lo.
De Exú a Oxalá, todos eles respondem ao chamado desse instrumento litúrgico, bastando que a pessoa saiba como utilizá-lo. Seu som chama a atenção dos Orixás, anunciando que alguma coisa está sendo feita naquela casa.
O adjá provoca o transe das pessoas quando tocado acima de suas cabeças, pois no processo de imantação ele recebe as energias do holocausto que foi oferecido a determinado Santo.
Pessoas que ainda não possuem direito a usá-lo, são imediatamente incorporadas por seu Santo, ao pegarem no mesmo. Nosso zelador utilizou aquele instrumento para chamar nosso Orixá, desde nosso bori até nossa iniciação, assim sendo, como vamos sair tocando adjá sem termos recebido autorização para tal? Vale lembrar que: quando recebemos autorização para manusear esse instrumento, nosso Orixá costuma vir em terra para que seja “quebrada a quizila” e assim, ele possa reconhecer nosso direito.
Usado em cerimônias festivas ou não, o adjá é de suma importância e se você ainda não tem “mão de adjá” ou seja; não está autorizado a fazer uso do mesmo, não faça, não pegue nem utilize, pois as consequências podem ser graves.





Fonte: odemutaloia

3 comentários:

Unknown disse...

o adjá de origem ewe-adjá-fon e mais por volta do seculo XIV os iorubas é uma sineta de metal utilizada por voduns da linhagem ou ligados a hevioso e a orixás ligados a odudua. Existem voduns e orixás que si quer usam adjá como é o caso de dan,nana.em alguns casos o adjá é usado em certas tribos[nações]e em outras não. também é fato de que na africa muitos dos ditos[no candomblé] yaos em certas ocasiões usam o adjá fato este que me faz ter a confirmação de que embora o candomblé seja um núcleo religioso de resistência e perseverança africanista,certas normas foram inventadas no Brasil não por africanos mas sim por zeladores orgulhosos que ostentam poder dentro da religião dizendo que isso ou aquilo é proibido no candomblé e terá conseqüências severas.em Savalu[um dos maiores expoentes fon-gege] o sacerdócio depende da palavra do vodum seja com 1 ou 1000 anos de iniciado.em mahi,dassa e savalu o hungebe [conta ritualística do ayivodum é entregue na suspensão do primeiro preceito [1 ano no brasil] enquanto no candomblé é conta de gral e por aí vai a série de prosélitos do candomblé que fazem dos nossos cultos um espetáculo circense,deixando os fundamentos de lado em troca de falsas tradições.Aos verdadeiros Voduístas e seguidores do culto aos isás [orixás].

Unknown disse...

E só mais um detalhe sobre a questão de adjás com 3,7,mil bocas ou mais a verdade é que eles nunca existiram na africa e com certeza não foram inventados na escravidão.os adjás africanos indiferente da região são de UMA BOCA e geralmente os sacerdotes seguram dois em sua mão [daí se justifica o adjá convencional de duas bocas]mas infelizmente o convencional não agrada os ditos tradicionalistas.cobre era na africa assim como o ouro é nos nossos dias.A questão é:é errado ? [julguem por si só.] {e se não é errado é necessário?] se não é tradicional,não é necessário,não é fundamento logo não é exigência do santo.logo é mera futilidade.é desconexo ver tanta tralha de luxo em um culto tão simples.... lamentável [é como o opaxorô de oxalá de Olufon que é um galho de yroco mas as sacerdotisas da Bahia modificaram para aquela arvore de natal para ficar mais belo [por que com certeza não foi por falta de gameleira];;;; lamentável;;;;;;;e o pior de tudo é que os mesmos axés e hunkpames que defendem com furor estes falsos fundamentos são os mesmos que metem o pau em angoleiro,umbandista,omolokos e demais terreiros da sua própria nação por que para a maioria deles os acima sitados não tem fundamento....QUE GRANDE IRONIA..................respeito os candomblecistas,principalmente os humildes, acima de tudo os que entendem de santo.

Anônimo disse...

muito bom o texto axé
mario luz

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